Você é convidado a participar do estudo sobre Acesso Aberto a Dados de Pesquisa (AADP), um projeto do grupo de trabalho Rede de Dados de Pesquisa Brasileira (RDP Brasil), uma parceria da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de Rio Grande (FURG).
O objetivo desta pesquisa é identificar as práticas de acesso aberto a dados de pesquisa em instituições brasileiras, bem como as percepções dos pesquisadores brasileiros sobre o tema.
O tempo para resposta do questionário está estimado em 15 minutos. Sua participação nesta pesquisa é voluntária. Você poderá deixar em aberto qualquer uma das questões, bem como poderá desistir de participar a qualquer momento. Sua participação não lhe acarretará custos. Suas respostas serão registradas anonimamente.
Manifesto de Acesso Aberto a Dados da Pesquisa Brasileira para Ciência Cidadã
Em 28 de setembro de 2016 foi lançado o Manifesto de Acesso Aberto a Dados da Pesquisa Brasileira para Ciência Cidadã. Ao lançar este Manifesto[1], o IBICT dá continuidade e amplia a sua política de apoio ao acesso aberto/livre à informação científica no Brasil, cujo ponto de partida foi o lançamento do manifesto de 2005, que formalizava a adesão ao movimento que começou na Europa, no início dos anos 2000. Nessa direção, o IBICT estende a sua visão sobre o acesso aberto, e reconhece os dados de pesquisa como um recurso imprescindível para as ações de Ciência Aberta, Ciência para todos, Ciência Cidadã.
O Manifesto de Acesso Aberto a Dados da Pesquisa Brasileira tem por objetivo demonstrar o seu valor estratégico e informacional e estimular e apoiar movimentos e iniciativas para Ciência Aberta no Brasil, traduzidos pelo amplo e irrestrito acesso a fontes primárias de pesquisa utilizadas por pesquisadores e outros segmentos sociais, possibilitando o compartilhamento, reprodutibilidade, verificação, avaliação, reutilização e redistribuição em novos contextos e em pesquisas colaborativas e interdisciplinares.
As fontes de dados de pesquisa incluem um amplo, diversificado e heterogêneo espectro de documentos, na maioria dos casos em formatos digitais. Esses materiais de pesquisa, únicos, não são disseminados juntamente com artigos de periódicos, comunicações de congresso e publicações em geral, e ficam inacessíveis aos demais pesquisadores e sociedade. Assim, a implantação de infraestruturas que permitam a seleção, o arquivamento e o acesso a dados de pesquisa possibilitará, além de sua reutilização e geração de novos conhecimentos, a transparência das pesquisas, sua maior efetividade, credibilidade dos resultados, visibilidade e impacto.
Este manifesto é dirigido aos institutos de pesquisa e universidades, que reúnem pesquisadores e cientistas brasileiros responsáveis pela geração de conhecimento; às sociedades científicas e academias de ciência do Brasil, que congregam a comunidade científica do país; aos órgãos de fomento à pesquisa e desenvolvimento, que sustentam as pesquisas e pesquisadores brasileiros; aos editores de revistas ou periódicos científicos, que publicam artigos com resultados de pesquisas; aos cursos de pós-graduação e graduação nas áreas de informação, principais responsáveis pela gestão de dados de pesquisa e curadoria digital; aos gestores e executores de programas e projetos de dados de pesquisa, tais como especialistas em Ciência da Informação e Ciência da Computação, profissionais de informação em geral, incumbidos da curadoria digital de repositórios de dados de pesquisa, no seu registro, processamento e recuperação para acesso e uso; e aos pesquisadores que são os motores da geração de novos conhecimentos científicos.
Neste manifesto são reconhecidas as especificidades dos distintos campos do conhecimento, de acordo com sua natureza e, portanto, exigências próprias, além da necessidade de diagnósticos para conhecimento das iniciativas de dados de pesquisa abertos, ainda em pequeno número e dispersos em nosso país. A finalidade é realizar estudos e pesquisas para análise e seu aproveitamento, de modo a evitar desperdícios de projetos já em andamento e bem sucedidos, assim como a duplicação de esforços. Nesse processo são prioritárias as pesquisas desenvolvidas com recursos públicos e a garantia de respeito às restrições legais ou éticas e aos direitos da propriedade intelectual de todas as partes envolvidas.
Para que todas as questões levantadas inicialmente neste Manifesto tornem-se realidade são necessárias e fundamentais infraestruturas políticas, tecnológicas e informacionais, capazes de garantir dados de pesquisa por meio de sistemas de curadoria, preservação, arquivamento e compartilhamento de coleções de dados de pesquisa, em sustentabilidade contínua, permanente. A execução desse processo exige gestão dinâmica que abranja todo o ciclo de vida dos dados de pesquisa, cujo ponto focal são os repositórios digitais de dados de pesquisa.
Dados de pesquisa transitam em diferentes instâncias e o presente Manifesto, às quais é dirigido, recomenda diretrizes gerais:
Às universidades e institutos de pesquisa brasileiros:
Às sociedades cientificas e academias de ciência:
Aos órgãos de fomento à pesquisa:
Aos editores de revistas ou periódicos científicos para:
Aos cursos de pós-graduação e graduação nas áreas de informação, em especial Ciência da Informação:
Aos gestores e executores de programas e projetos de dados de pesquisa, especialistas em Ciência da Informação e Ciência da Computação e profissionais de informação em geral para:
Aos pesquisadores:
O IBICT, ao lançar este Manifesto, assume a responsabilidade, no âmbito de sua missão, do desenvolvimento de ações de apoio e incentivo à adesão e iniciativas visando a Ciência Aberta, na convicção de que o conhecimento é um bem público e a “inclusão cognitiva” é fundamental para a justiça social.
[1] Fontes básicas para a elaboração deste Manifesto: CHAN, Leslie; Why a manifesto para open science.Bangkok: National Innovation Agency, 2016. Disponível em: http: www.ocsdnet.org | CITEC. Cognitive Interaction Technology. Open science manifesto. Bielefeld: Bielefeld University, 2016. Disponível em: https://www.cit-ec.de/en/content/open-science-manifesto-0 | LIINC em revista. Novos paradigmas da comunicação científica: ampliando o debate. IBICT- Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, UFRJ-Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, 2012. Disponível em: http://liinc.revista.ibict.br/index.php/liinc/issue/view/40 | NATIONAL SCIENCE BOARD. Long-lived digital data collections: enabling research and education in the 21st century. National Science Foundation, Sept. 2005. Disponível em:<http:// www.nsf.gov/pubs/2005/nsb0540/nsb0540.pdf> | SAYÃO, Luís Fernando; SALES, Luana Farias. Dados de pesquisa: contribuição para o estabelecimento de um modelo de curadoria digital para o país. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, v. 6, n. 1, 2013.
Data da Notícia: Oct 03, 2016 02:15 PM. Disponível em: http://www.ibict.br/Sala-de-Imprensa/noticias/2016/ibict-lanca-manifesto-de-acesso-aberto-a-dados-da-pesquisa-brasileira-para-ciencia-cidada
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) lançou na última semana a Base de Dados Científicos (BDC) que visa reunir os dados utilizados em pesquisas publicadas pela comunidade da instituição.
A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL) e o Sistema de Bibliotecas (SiBi) ambos da UFPR. A base passa a integrar o Repositório Digital Institucional (RDI). Além do novo banco de dados o repositório conta ainda com quatro coleções: a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, a Biblioteca Digital de Periódicos, a Biblioteca Digital de Eventos Científicos e a Biblioteca Digital de Imagem e Som.
O novo serviço acompanha a tendência mundial de disponibilidade de dados básicos de pesquisas para que possam ser utilizados em novos estudos. A partir das informações disponíveis é possível tratar de novas perspectivas que não estão presentes nos estudos originais.
O repositório ainda conta com poucos conjuntos de dados, mas a expectativa é que nos próximos meses passe a receber de forma constante novos materiais. Os interessados em disponibilizar seus dados de pesquisas devem entrar em contato com os coordenadores do projeto por meio do correio eletrônico: bdc@ufpr.br.
Participe do questionário online para identificação do uso e reuso de dados nas pesquisa científicas.