Mês: novembro 2018

Para tornar o código científico mais aberto: Code Ocean

Este post tem o intuito de apresentar ao nosso leitor uma ferramenta cuja missão é tornar o código científico mais reutilizável, executável e reproduzível: falamos do Code Ocean, uma plataforma de reprodutividade computacional baseada em nuvem, inventada como parte do Programa de Pós-Graduação em Startups de Runway 2014 no Instituto Jacobs Technion Cornell. Ela fornece aos pesquisadores e desenvolvedores uma bandeira fácil de compartilhar, descobrir e executar códigos publicados em revistas acadêmicas.

Cada vez mais as pesquisas de hoje incluem código de software, análise estatística e algoritmos que não estão incluídos na publicação tradicional, mas que são muitas vezes essenciais para reproduzir os resultados da pesquisa e reutilizá-los em um novo produto ou pesquisa. Isso cria um grande obstáculo para os pesquisadores e serviu de inspiração para a criação da plataforma.

Pela primeira vez, pesquisadores, engenheiros, desenvolvedores e cientistas podem fazer upload de códigos e dados em qualquer linguagem de programação de código aberto e vincular o código de trabalho em um ambiente computacional com o artigo associado gratuitamente. A Code Ocean atribui um Identificador de Objeto Digital (DOI) ao algoritmo, fornecendo uma atribuição correta e uma conexão com a pesquisa publicada.

A plataforma fornece acesso aberto ao código de software publicado e dados para visualizar e baixar para todos gratuitamente. Uma grande sacada é que os usuários podem executar todo o código publicado sem instalar nada em seu computador pessoal . Tudo é executado na nuvem em CPUs ou GPUs de acordo com as necessidades do usuário. Isso facilita a alteração de parâmetros, a modificação do código, o upload de dados, a execução e a alteração dos resultados.

Recentemente, a Code Ocean venceu o Prêmio Inovação em Publicação na ALPSP 2018.

 

Evento: Oportunidades de Capacitação em Ciência Aberta e Marcos Legais

Encarando os desafios da formulação de uma política que fomente um novo fazer científico, mais colaborativo, transparente e sustentável, o Grupo de Trabalho em Ciência Aberta (GTCA) lança no dia 22 de novembro, na Tenda da Ciência, em Manguinhos, o estudo ‘Marcos legais nacionais em face da abertura de dados para pesquisa em saúde: Dados pessoais, sensíveis ou sigilosos e propriedade intelectual’, organizado por Paulo Guanaes, profissional vinculado à Escola Politécnica Joaquim Venâncio. Além da publicação, que reúne e analisa as normas legais e sua incidência sobre a abertura de dados para pesquisa no Brasil, o evento também marca o lançamento do curso “Do Acesso à Ciência Aberta – Programa de Formação Modular em Ciência Aberta” pela diretora da Escola Corporativa da Fiocruz, Carla Kaufmann. O curso, na modalidade educação a distância, aborda principais conceitos, potenciais benefícios e visões críticas sobre a Ciência Aberta, dialogando com o panorama internacional e apresentando uma perspectiva brasileira com ênfase na saúde pública.

O evento “Gestão e Abertura de Dados para Pesquisa na Fiocruz: Oportunidades de Capacitação em Ciência Aberta e Marcos Legais Brasileiros“ é mais uma etapa do  processo promovido pelo GTCA para fomentar o amplo debate para a definição de diretrizes institucionais para a gestão e o compartilhamento de dados para pesquisa, iniciado em junho com a apresentação do Termo de Referência: Gestão e abertura de dados para pesquisa na Fiocruz.

O evento pode ser conferido via streaming através desse link: http://www.tvq.com.br/aovivo/fiocruz.

Clique aqui e confira a programação completa.